Perguntas Frequentes
01 - O que significa o termo Radar?
O termo Radar significa Radio Detection and Ranging e tem sido utilizado de forma genérica para classificar os sistemas de transferência de ondas eletromagnéticas que operam na faixa de frequência de micro-ondas.
02 - O que é medido pelo radar?
O radar produz pulsos de ondas eletromagnéticas que interagem com os hidrometeoros das nuvens, de modo que cada hidrometeoro espalha a energia incidente em todas as direções. Parte desta energia espalhada pelo volume total de gotas iluminado pelo feixe de onda do radar, retorna à antena, onde é recebida e amplificada. Essa informação recebe o nome de Refletividade Radar (Z) e é expressa em mm6m-3.
03 - Como posso estimar a chuva a partir da refletividade?
Existem as chamadas relações Z-R que estimam a chuva a partir da refletividade, da seguinte forma Z = aRb . Nessa relação, R é medido em mm.h-1, a e b são coeficientes que dependem, fundamentalmente, do tamanho e distribuição do espectro de gotas na atmosfera.
04 - A partir de quando o CPTEC tem dados de radares?
Os dados dos radares do DECEA estão disponíveis, no INPE, a partir de 2004, após assinatura dos convénios entre, o INPE e Força Aérea.
05 - Por que o INPE não tem os dados de todos os radares do Brasil?
O INPE não possui nenhum radar e por isso usa radares de seus parceiros. O INPE respeita a política de dados de cada instituição mantenedora dos radares, e por isso encoraja os usuários a solicitarem dados diretamente aos proprietários dos radares.
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- Quantos radares encontram-se em operação atualmente, disponíveis no INPE, e a quem pertencem?
São atualmente oito radares meteorológicos, seis pertencentes ao DECEA e dois ao IPMET (Instituto de Pesquisas Meteorológicas).
07 - Onde estão localizados os radares?
Um na região Centro-oeste, radar de Gama no Distrito Federal, quatro na região Sudeste, sendo três no estado de São Paulo e um no Rio de Janeiro, e três na região Sul do país, sendo dois no Rio Grande do Sul e um em Santa Catarina.
08 - Por que nem sempre tem-se todos os radares disponíveis?
No mosaico com todos os radares só ficam disponíveis imagens com até uma hora de atraso, já na página separada para cada radar tem-se a última imagem recebida. No caso dos radares do IPMET somente é feito algum produto quando na varredura de vigilância é identificado chuva em algum ponto da área de cobertura dos radares.
09 - Qual a resolução espacial e temporal dos dados de radar?
Para os radares do DECEA os dados são disponibilizados em duas resoluções espaciais, 2 km x 2 km e 4 km x 4 km, a cada 15 minutos. Para os radares do IPMET os dados possuem resolução de 1 km x 1 km e 4 km x 4 km, a cada 8 minutos.
10 - Qual o alcance dos radares?
Os radares pertencentes ao DECEA têm um alcance de 250 km e os do IPMET de 240 km, a partir do radar, sendo que todos eles realizam uma varredura com alcance de 400 km e 450 km, respectivamente, apenas para vigilância.
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- Quais os produtos que podem ser elaborados a partir dos dados volumétricos do radar?
A partir dos dados volumétricos do radar podem ser elaborados CAPPI's (Constant Altitude Plan Position Indicator) em diversos níveis, PPI (Plan Position Indicator), Echo-Top, Echo-Base, VIL (Vertically Integrated Liquid), MaxCAPPI e Vento.
12 - Por que alguns radares apresentam mais produtos do que outros?
Para elaborar diversos produtos é necessário ter os arquivos volumétricos do radar, atualmente temos apenas dois radares, Gama e São Roque, que transmitem os dados volumétricos em tempo quase real para o CPTEC. Para os demais radares só está disponível o CAPPI a 3 km de altitude em tempo quase real, porém os dados volumétricos são armazenados e é feito backup periodicamente.
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- Por que normalmente utiliza-se o CAPPI a 3 km de altitude para estimar a precipitação próxima a superfície?
Apesar de ter-se o CAPPI a 2 km de altitude, o mesmo apresenta bastantes ruídos causados por ecos de terreno e ecos resultantes de lóbulos secundários. Logo o segundo CAPPI mais próximo a superfície é o de 3 km.
14 - Por que são importantes os dados de radares?
O radar é um instrumento de grande importância na estimativa de precipitação. Além de cobrir uma área considerável, quando se compara com pluviômetros, fornece a estrutura tridimensional dos sistemas precipitantes, é possível também acompanhar o deslocamento dos sistemas e quando necessário enviar alertas.